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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Entendendo Melhor as Principais Funções de Entrada: Homem de Área, Plataformista e Torrista

Homem de área. (Roustabouts)
A pessoa que auxilia vários setores da operação da plataforma, na movimentação de carga no deck principal, na área da perfuração, limpeza, pintura e conservação da plataforma, seria um faz tudo, como dizem abordo, arrasta balde ou seja o início da carreira.




Plataformista é responsável por operar as plataformas marinhas de perfuração de petróleo, também trabalhando no transporte e recolha de petróleo, assim como auxiliar outras equipas de exploração petrolífera (como sondadores).
Também deverá ser capaz de socorrer e combater incêndios ou outros acidentes que pouco eventualmente possam surgir.
A única área de ação de um plataformista é certamente na indústria do petróleo, realizando operações essenciais, de controle e de manutenção geral de uma plataforma marinha de extração de petróleo.
Um plataformista requer conhecimentos de mecânica, química, eletrônica e segurança, ou uma qualificação técnica dessa profissão.

Torrista é o profissional também chamado de (derrickman) suas principais funções de modo a executar, em plataforma elevada, manobras de decida e retirada da coluna de perfuração nas operações de: sonda, acionando motores, lubrificando as partes móveis das bombas de lama e desempenhando outras operações correlatas, a fim de concorrer para a aceleração dos trabalhos de sondagem de petróleo. Ele também vigia as condições de circulação do fluido de perfuração, observando o retorno e o trajeto do mesmo, registrando a viscosidade e a densidade horaria, em formulários apropriados, para detectar qualquer variação nos níveis dos tanques de armazenamento, ou vazamento no circuito; efetuar o tratamento do fluido de perfuração, de acordo com ordens superiores (engenheiro qupimico de fluidos), fazendo verificações periódicas das características do mesmo e corrigindo-as por adicionamento de produtos químicos específicos para facilitar o trabalho de sondagem; mantém em condições regulares de funcionamento dos instrumentos, ferramentas e equipamentos componentes do sistema de perfuração, substituindo peças, efetuando lubrificações e outras tarefas de manutenção, para assegurar a continuidade do processo produtivo.

DICAS IMPORTANTES:

Notem que as funções em inglês, são porque a maioria das sondas são internacionais, a Petrobras contrata muita Sonda internacional, como Transocean, a antiga Pride (Ensco), Brasdrill, e outras, muitos destes profissionais entram sem falar inglês, mas pra crescer na carreira é indispensável se comunicar em inglês. Enfim, procure cursos de Plataformista, homem de área, faça um curso de CBSP (Salvatagem), se possível um Técnico, podendo ser Eletrônica, Mecânica, Eletro técnica, mecatrônica, pois existem escolas Técnicas que se faz o técnico em 1 ano, para quem tem o ensino médio completo. Salário de R$ 2.000,00 a R$ 6.000,00.

Atualmente é possível realizar cursos profissionais de Homem de Área + Huet + CBSP e Torrista entre outros pacotes em instituições como a Falck Nutec e a West Group, sendo que a West tem os melhores preços e facilidades para pagar.

Um Depoimento das Dificuldades em Trabalhar Embarcado

AS DIFICULDADES DO TRABALHO EMBARCADO:


Tenho visto muita gente interessado no trabalho embarcado como opção de carreira. Nesse sentido venho trazer um pouco da minha experiência de mais de vinte anos nessa atividade para mostrar que nem tudo são flores na nossa indústria do petróleo.
O principal atrativo do trabalhador offshore é o salário que e um pouco maior do que os pagos pelas empresas "em terra". Isso decorre, muitas vezes, das gratificações e adicionais somados ao salário básico.
O trabalho embarcado, porém, requer algumas características de personalidade um pouco diferentes dos cidadãos comuns. Não que sejamos anormais, mas, eu diria, que é necessário ser um pouco diferente para que tudo dê certo.. 
O trabalhador embarcado, tem uma escala de 14 X 14 (14 dias embarcados por 14 dias de folga), na maioria das empresas brasileiras. Isso não impede que se fique mais tempo a bordo. Não raro precisamos passar 28 dias ou até mais um pouco. 
Sendo assim a principal dificuldade desse profissional, é a saudade de casa, da esposa(o), dos filhos, namorada(o), noiva(o) amigos etc... Ainda tem outros problemas, como o perigo, os cuidados com a segurança, o trabalho sobre pressão etc.
Nesses anos de trabalho embarcado em plataformas e navios, vi colegas terem problemas psicológicos sérios. Vi também funcionários novatos pedindo para desembarcar no mesmo dia que chegaram a bordo. Outros conseguiram terminar a jornada mas juraram nunca mais trabalhar nesse tipo de serviço.
A razão deste texto é esclarecer que para o profissional trabalhar embarcado, é necessário preparo psicológico além de um suporte muito grande da família. 
Não sou um profissional de psicologia, apenas uso minha experiência profissional em supervisão de equipes offshore para expor minha opinião. Claro que aqueles profissionais da medicina poderiam explicar melhor o que ocorre com a mente humana quando se vê isolada e confinada em um ambiente longe de tudo.
Para saber se você tem condições de trabalhar embarcado, verifique se é capaz de se virar sozinho e se sua família é capaz de fazer o mesmo. Sim, por que de nada adianta você conseguir trabalhar e sua esposa não souber se virar em casa, dependendo de você até para trocar uma lâmpada. 
A mesma coisa ocorre com uma mulher casada que trabalha a bordo. Se o marido não souber cozinhar e cuidar da casa na sua ausência, talvez haja dificuldades para um bom relacionamento. 
O trabalho embarcado requer, também, um bom preparo psicológico em relação ao medo. O indivíduo deve ter uma boa dose de coragem, pois, de outra forma não conseguirá exercer suas atividades satisfatoriamente. Isso se deve ao fato de o perigo estar presente o tempo todo. É por isso que se recebe adicional de periculosidade. 
Mesmo com toda evolução da segurança do trabalho, o perigo foi reduzido, mas ainda está presente em todas as nossas atividades. Só o fato de se estar a bordo, já estamos correndo perigo de vida, pois a perfuração e produção requer um controle dos gases sob pressão do reservatório. 
Qnando aparece uma plataforma na televisão, na maioria das vezes, nós a vemos em um mar tranquilo, durante o dia. Ocorre que existem tempestades e o trabalho se dá durante 24 horas, portanto uma tempestade com mar agitado durante a madrugada, não é algo muito bonito de se ver.
Para chegarmos ao nosso destino temos que viajar de helicóptero ou de catamarã (barco ligeiro). Algumas vezes faz-se necessário o translado de "cestinha", de uma plataforma para um navio ou vice versa. A cestinha é um dispositivo feito de cordas com uma base inflável, presa ao guindaste, que suspende até quatro pessoas por vez e deposita-os no destino final. Os quatro trabalhadores vão abraçados às cordas pelo lado de fora e a bagagem dentro da cesta. Portanto, se você tem medo de voar ou de altura pode procurar outra forma de ganhar a vida.
O trabalho embarcado requer, ainda, um bom preparo físico e boa saúde. Os exames de saúde são rigorosos e um simples dente cariado pode reprovar o candidato. A boa saúde é necessária para um eventual abandono da plataforma ou navio. Na maioria destes locais existem muitas escadas e obstáculos a serem transpostos em caso de um abandono de emergência.
Antes do primeiro embarque o funcionário terá que participar de um curso de salvatagem, com duração de três a quatro dias, onde aprenderá técnicas de combate a incêndio, primeiros socorros, sobrevivência no mar, escape de helicóptero acidentado etc. Este curso é obrigatório para todos os profissionais que trabalham embarcados. O curso de salvatagem é válido por quatro anos, quando deverá ser feito novamente para a revalidação por mais quatro anos.
O número de acidentes diminuiu bastante com a melhoria da segurança mas não deixa de ser uma preocupação constante devido ao alto risco típico do trabalho. O último acidente de grandes proporções foi o da plataforma da BP nos Estados Unidos, em que faleceram onze trabalhadores, mas, ao que parece, a preocupação com os danos ambientais foi maior que com a vida desses profissionais e a situação das famílias.
Concluindo, não estou querendo que ninguém desanime, mas, pense com calma antes de optar pelo trabalho embarcado como carreira profissional. 
Nunca vi nenhuma estatística sobre isso, mas tenho observado que a cada dez funcionários contratados por uma empresa, para trabalharem embarcados, sete terão desistido após cinco anos. Isso gera um problemas para a empresa que precisa treinar outras pessoas e para o empregado que poderia estar se dedicando a outra atividade mais prazerosa.
Nem só de trabalho embarcado vive a indústria do petróleo, mas, aos que optarem por seguir uma carreira no petróleo trabalhando embarcados eu desejo muitas felicidades.

Marcos Valério Silva. 

Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/as-dificuldades-do-trabalho-embarcado/45797/#ixzz3JjX5AnfG

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Coisas que ninguém vai te contar sobre Macaé...

Macaé é uma cidade que predominantemente tem moradores vindos de outras regiões.
Pode-contar nos dedos quantos macaenses de fato existem a não ser as crianças nascidas aqui nos últimos 10 anos.
Isso torna a cidade uma miscigenação um pouco confusa, pois cariocas, baianos, paulistas, gaúchos, estrangeiros, gente de toda parte do mundo convivem numa cidade relativamente pequena e com pouca estrutura para isso. Uma verdadeira mistura de culturas, comportamentos, pensamentos que se adequam um ao outro diariamente.
Mas este post é dedicado àqueles que pensam em vir morar aqui para trabalhar. É muito comum quem já veio e já está trabalhando, trazer um parente, um irmão, um amigo…..  Nada contra! Acho legal desde que essa mudança seja feita de forma consciente, pois o que acontece é que muitas pessoas chegam todos os dias aqui em Macaé iludidos com uma falsa promessa de bons empregos e altos salários. Já vi e vejo isso acontecer todos os dias. Muitos, quando chegam e se deparam com a realidade preferem voltar às suas terras ao invés de “bater cabeça” por aqui. Outros, tentam por um, dois anos e acabam desiludindo e voltando de vez… Outros ainda não dão certo e mesmo assim ficam. E outros, conseguem vencer todas as dificuldades e prosperar nessa terra.
Então, pensando em todos os casos que conheci e conheço de pessoas que estão pensando em arrumar as malas e vir embora, escrevo aqui um breve resumo do que se pode esperar de Macaé. Escrevo a realidade e não a imagem distorcida da cidade que aparece na revista Época ou no anúncio da Prefeitura na televisão. A verdade. Nada além.
Alto Custo de Vida – O fato de Macaé ter o título de “Capital Nacional do Petróleo” eleva Macaé a um patamar de cidade de empresários, petroleiros, empreiteiros e etc…. Mas na realidade o povo é quem paga o pato de morar em uma cidade com um título burguês porque tudo aqui é muito caro. Muito mesmo se comparado a cidades até do mesmo estado. Para quem está pensando em vir para pagar aluguel, o salário que você deve ganhar para viver legal deve ser de no mínimo uns R$ 2.500,00. Porque só de aluguel você irá pagar em torno de R$ 1 mil e fora as contas mensais. Então, se você vier com sua esposa e ela também trabalhar dividindo dá para pagar, mas se vier sozinho dificilmente irá encontrar um aluguel barato já que as quitinetes também já estão na faixa de R$ 700,00. Por exemplo, na Aroeira, bairro próximo ao Centro você encontra quitinetes a R$ 900,00. Ou seja, comparando esse valor, você poderia por exemplo alugar uma casa de 3 quartos, quintal, garagem, e etc em  Araruama ou Friburgo. Com menos de R$ 2.500,00 você até vai viver (se for de aluguel), mas certamente vai ficar sempre no limite.
Muitos vem para morar com amigos ou parentes ou mesmo dividir o aluguel com alguém. Isso ameniza, mas ainda assim você irá se deparar com o valor inflado de tudo que irá consumir na cidade; Alimentação, vestuário, gasolina, enfim.. Tudo. Ou seja, o valor dos salários que aqui são mais altos, se contrapõem ao alto custo de vida. No final você acaba trocando seis por meia dúzia.
Cidade Sem Vida Social – Se você está vindo de uma cidade como Rio, São Paulo ou qualquer outra capital irá ter a sensação que mora numa cidade deserta nos fins de semana. Isso acontece por dois motivos: 1º – Porque grande parte das pessoas só vivem para trabalhar e nos fins de semana, voltam para suas casas de fato. 2º – Porque o foco da cidade não é turístico (embora tenha vocação para isso). Parece que não existe por parte da Prefeitura e de investidores o interesse em tornar Macaé uma cidade também com uma vida noturna legal. Então se você está acostumado a baladas, boas casas de festa, bons happy-hours, bons shoppings, enfim… esquece! Você não vai encontrar por aqui. O máximo que você poderá fazer é se contentar com algumas opções medíocres que temos, ou fugir para points próximos como Rio das Ostras, Cabo Frio e Búzios.
Empregos – Foi-se o tempo em que bastava fazer um cursinho de Huet e CBSP para poder embarcar….Antigamente as empresas até pagavam os cursos para os novos contratados porque na época a demanda era maior do que a procura. Mas atualmente isso mudou. A peneira das empresas está cada vez mais fina e ter algum curso técnico e experiência são itens quase que obrigatórios. Eu acho que exigir experiência na carteira é uma covardia porque tira a oportunidade do primeiro emprego para muitas pessoas, mas sempre tem “alguém que conhece alguém” que pode ter dar um “empurrãozinho”. Mas caso você não tenha nenhum conhecido, ainda não é o fim. Existem empresas que oferecem vagas de trainees. É uma boa porta de entrada. Então no geral, as pessoas que não tem qualificação acabam buscando uma vaga mais comum nos chamados “gatos” que são as médias e pequenas empresas que prestam serviço para as empreiteiras da Petrobrás. Nesses “gatos” a maior parte das vagas são onshore (em terra) e os salários e benefícios deixam a desejar. E por último, sobram ainda, as vagas no comércio e atividades locais. Resumindo: Se você tem pouca qualificação e pouco ou nenhuma experiência, a menos que você tenha um “Q.I” top das galáxias, você não irá conseguir grande coisa.
Como observação, venho informar que no desespero de encontrar um bom emprego muitos acabam “esquentando a carteira” para conseguir comprovar uma experiência que não tem, no entanto, além de ser crime é furada, pois as grandes empresas no momento da contratação na lista de documentos a serem entregues, eles exigem um documento da Previdência chamado CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) que é um relatório que mostra todas as contribuições de INSS de empresas daquele cidadão, bem como o tempo de contribuição. Logo, pessoas que apresentarem a carteira “esquentada” cairá facilmente na mentira, mediante a apresentação deste documento emitido pela Previdência. Portanto, não vale a pena se arriscar!
Outra furada que muita gente tem caído ultimamente é pagar pela vaga. Algumas ofertas são golpe. Outras, a pessoa paga uma quantia e é até chamada pela empresa, mas a maioria não passa nos exames admissionais e os que passam são cortados na primeira oportunidade. Também não vale!
O jeito é correr atrás de forma limpa e honesta, mandar os currículos por email, se cadastrar nos sites,ir nas empresas pessoalmente, fazer o possível na esperança da porta se abrir.
Panorama Geral – Macaé é uma cidade boa, mas com muitos problemas. O aspecto de cidade do interior que não se desenvolveu junto com o Petróleo é notória. Os serviços públicos são falhos, o comércio é muito ruim (principalmente o atendimento), a receptividade da cidade não é muito acolhedora, e a violência urbana cresce a cada dia. Assaltos
à mão armada a luz do dia, roubos de veículos, assassinatos, latrocínios, guerra entre polícia e tráfico, no quesito violência a cidade não deixa a desejar as capitais. Isso, resultado claro do enorme crescimento desenfreado que a cidade sofreu nas últimas décadas. Eu reconheço que a atual administração da cidade está se esforçando para melhorar vários aspectos e que Macaé é uma “cidade-cabide” de várias outras pequeninas ao redor – o que acaba sobrecarregando todos os serviços públicos – mas ainda há muita coisa a ser feita para que Macaé faça jus ao seu título de capital do petróleo.
No entanto, no geral, Macaé ainda é uma cidade razoável para viver. Ainda dá para chegar, trabalhar, pôr as crianças no colégio, ir à um dentista de graça, marcar uma consulta.. Coisas básicas. Não espere nada além do básico.
Para encerrar, eu venho esclarecer que o intuito desse artigo não é depreciar a cidade.  De forma alguma. Mas como disse na introdução, é alertar as pessoas que migram para esta região diariamente, saberem de fato para onde estão vindo. Que não venham enganadas, nem iludidas achando que irão “fazer a América” trabalhando aqui, e que a realidade é muito diferente das propagandas pagas para veiculadas na mídia.